24 June 2014


 se tu viesses ver-me hoje à tardinha/ A essa hora dos mágicos cansaços, 
 Quando a noite de manso se avizinha/E me prendesses toda nos teus braços... 

Quando me lembra: esse sabor que tinha /A tua boca... o eco dos teus passos... 
O teu riso de fonte... os teus abraços... /Os teus beijos... a tua mão na minha... 

Se tu viesses quando, linda e louca,/Traça as linhas dulcíssimas dum beijo 
E é de seda vermelha e canta e ri 

E é como um cravo ao sol a minha boca... /Quando os olhos se me cerram de desejo... 
E os meus braços se estendem para ti... 

17 June 2014


Gosto de ti, e então?
by Rita Leston

#1
Pergunta clara e objectiva: alguma vez paras e pensas que sentes a minha falta? Que tens saudades minhas? Que me queres aí? Ou que te querias aqui?
Pensas? Sonhas? Pensas(-me)? Sonhas(-nos)? 

#2
Farta de segurar o mundo dos outros e deixar o meu cair.
Farta de dar de mim. De me dar a mim. Farta de dar sem esperar em troca. Farta de acharem que eu tudo aguento. Farta de medir palavras para não magoar ninguém. Farta de ter cuidados com os outros. Farta que se esqueçam que, também eu, preciso que tomem conta de mim.

#3
Às vezes questiono-me se pensamos um no outro ao mesmo tempo. Se quando mais me recordo de ti, tu te estarás a lembrar de mim. Se quando sinto saudades, desse lado também sentes a minha falta. Se quando me assomas ao pensamento, eu estou a cruzar a tua mente. Se quando fecho os olhos e te vejo, tu me consegues olhar. Se quando te pressinto, tu me sentes.
Pergunto-me: alguma vez pensamos um no outro ao mesmo tempo?


#4
Temos um filtro no nosso cérebro que não nos deixa dizer aquilo que sentimos. Aquilo que no mais profundo da nossa mente ecoa. O que o coração cala mas sabe de cor.
Temos um filtro que nos faz guardar, seja por pudor, respeito ou medo, aquilo que nem a nós queremos confessar mas do qual temos todas as certezas. Por medo de não ser correspondido e nos colocarmos desprotegidos. Por respeito a quem gostaríamos de tanta coisa dizer. Por vergonha daquilo que é efectivamente a realidade. Por insegurança, por abnegação, por inércia, por medo de falhar. Por tudo e por nada.
Mas, e se esse filtro te abandonasse: o que me dirias?

16 June 2014

sobre...

os nossos 7 encontros & centenas de mensagens 

Adorei o nosso primeiro encontro que, depois de muita reticência, acedi em marcar.  Tive de me encher de coragem. Muita. Tinha medo. Afinal passou tanto tempo.
Nos momentos antes a nos vermos senti-me ansiosa e insegura sobre a forma como ias olhar para mim. 
O facto de te teres perdido, aquela chamada, ajudou a minimizar a expectativa quando fui obrigada a ir buscar-te ao Mac mais próximo. Desde o meu carro reconheci o teu sorriso que me encantava.
A seguir, disseste as coisas certas e foi como se estivéssemos estado sempre naquele registo.
A oferta da orquídea de três flores embrulhada em papel verde. (a última flor tentei salvar desesperadamente sem qualquer sucesso. continua ali o caule, que vou regando e mantendo para me recordar).
O almoço hi-tech do vinagre em spray e a novidade do cuscuz. O vinho e eu a sentir-me baralhada do efeito. Molenga, a tropeçar nas palavras. 
A ida junto ao rio contigo obcecado com o lugar de estacionamento do carro. Tiveste graça. O miradouro e as fotos de ocasião. A descida até lá baixo a pé e o calor a fazer-se sentir.
Já deitados na relva, fizeste-me aquela pergunta inopinada que me acertou em cheio na vergonha. Crua. Fiquei sem jeito. Se calhar já não há muitas como eu. Sou como sou.
Tu a cheirares o meu cabelo. Um beijo fugido. A música. Dizer parvoíces e falar de coisas sérias. A cadeira desconfortável do Atira-te ao Rio. Dois copos de vinho. A subida de mãos dadas. 
Nesse dia cheguei a casa com um passou-bem e o coração cheio. Foi tão simples e tão bom ao mesmo tempo. Mensagens.

O segundo e terceiro encontro foram meio às pressas, a tentar encaixar conversas. Valeram a pena, porque estávamos juntos. Os patos, a praia. Dissertações sobre portagens e hipotéticas multas. Mais mensagens. Tantas.

O quarto encontro premeditado pela urgência de uma conversa. 
O caminho aparvalhado até Cacilhas para comprar uma piza mafiosa al tonno  e beber 2 copos de vinho excessivamente caros. A paragem para tirar fotos da Lisnave. Risos. O jantar e a playlist no tablet. Dedões desajeitados! 
A saída nos bares vazios de Almada Velha com um shot doce escolhido por ti e umas caipirinhas no bar de karaoke. Sensações boas.
Depois, em casa, aquela conversa non-sense e pouco articulada sobre aquilo que nunca conseguimos dizer olhos nos olhos. Gosto de ti. E tu, gostas de mim?
Tipo cenas.

Quinto encontro novamente no parque. Admito que estava um pouco amuada contigo com o 'não me apetece' de última hora. Outra vez as pressas. Relutante, lá acedeste em ir ao sushi e gostaste. A conversa sobre mim.
Os cadeados abrem-se com a chave certa. Fala!! 
Mensagens banais durante a tarde para manter o contacto e depois o 'Vou desaparecer por uns tempos. Até um dia. Adeus'.
Caiu como um murro no estômago. Fiquei desconcertada. Incrédula. Mas depois voltaste. Disseste que tinhas sentido a minha falta. Eu senti a tua. Muito.

Sexto e sétimo encontro. Jantar, alguns copos de vinho, música e sensações boas.
A seguir, como sempre, muitas mensagens. Saudades. Vontade.
GMdT seu parvinho.

Brida

#1
Quando alguém encontra o seu caminho, não pode ter medo. Precisa de ter coragem suficiente para dar passos errados. As decepções, as derrotas, o desânimo são ferramentas que Deus utiliza para mostrar a estrada.

#2
Cada dia do homem é uma noite escura. Ninguém sabe o que vai acontecer no minuto seguinte e, mesmo assim, as pessoas andam para a frente. Porque confiam. Porque têm fé.

#3
Por isso, assim como nos dividimos, também nos reencontramos. E este reencontro chama-se Amor. Porque quando uma alma se divide, ela divide-se sempre numa parte masculina e numa parte feminina.

#4
E por causa do nosso egoísmo, seremos condenados ao pior suplicio que inventámos para nós mesmos: a solidão.

#5
Porque a palavra é o pensamento transformado em vibração;

#6
As emoções são cavalos selvagens.

#7
Nem mesmo na coisa mais importante da sua vida, o amor, tinha conseguido ir até ao fim; depois da primeira decepção, nunca mais se entregara por completo. Temia o sofrimento, a perda, a inevitável separação.

#8
Porque quando se apaixonava, era capaz de aprender tudo e conhecer coisas sobre as quais nem ousava pensar, porque o amor era a chave para a compreensão de todos os mistérios.

#9
Não procuramos. Aceitamos, e então a vida passa a ser muito mais intensa e brilhante, porque compreendemos que cada passo nosso, em muitos minutos da vida, tem um significado maior do que nós mesmos. (...) Entendemos que existe um motivo para estarmos aqui, e isso basta.

#10
Sujeitou-se a todas as humilhações a que as pessoas apaixonadas costumam sujeitar-se. Aprendera coisas que nunca sonhara aprender, através do amor: a espera, o medo e a aceitação.

#11
Quanta coisa perdi por medo de perder. 

#12
(...) quando encontrares uma coisa importante na vida, isso não quer dizer que precises de renunciar a todas as outras.

#13
(...) e as coisas simples parecem sempre complicadas demais.

#14
Ou aceitar uma existência cercada de desilusão e dor, ou compreender que toda a gente nasce para ser feliz.

13 June 2014


                                      Baby you should know by now that I'm right ... for you
                        but every time I step to you, you change your... tune

8 June 2014


apetecia-me um filme, um copo de vinho e tu. 
se eu te convidar, tu aceitas?

5 June 2014

Eu não sou como toda a gente: entusiasmada até à loucura no principio das afeições e depois, passado um mês, completamente desinteressada delas. Eu sou ao contrário: o tempo passa e a afeição vai crescendo, morrendo apenas quando a ingratidão e a maldade a fizerem morrer.

Florbela Espanca 

4 June 2014

reminder to self

apaixona-te por alguém que te ame, que te assuma, que te compreenda mesmo na loucura. apaixona-te por alguém que te ajude, que te apoie e seja o teu sonho bom.
alguém que te diga EU TE AMO com atitudes e não apenas com palavras.
apaixona-te por alguém que converse contigo mesmo depois de uma discussão, reconhecendo o erro e pedindo desculpas com o coração.
apaixona-te por alguém que sinta a tua falta e precise de ti sorrindo.