25 July 2014

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" What else? She is so beautiful. You don't get tired of looking at her. You never worry if she is smarter than you: You know she is. She is funny without ever being mean. I love her. I'm so lucky to lover her, Van Houten. You don't get to choose if you get hurt in this world, old man, but you do have some say in who hurts you. I like my choices. I hope she likes hers."

quote in The Fault in our Stars

22 July 2014

"And the day came when the risk to remain tight in a bud was more painful than the risk it took to blossom..." - Anais Nin
(sooner or later you're going to have to face those parts of you that you try to hide. you're going to want to love somebody. don't let your fear hold you hostage in your past. - robhillsr)

#2
Há uns anos atrás disseste-me uma coisa que nunca esqueci. Como sempre foste pouco declarativo, achei que estavas a fazer a maior declaração do mundo. Disseste: - "por ti, atravessava mais vezes a ponte."
Esta frase foi o melhor que me podias ter dito. Ecoou na minha memória até hoje e era ela que me fazia pensar que gostavas de mim.
Talvez me iludisse, mas acho que nunca quis saber se podia não significar muito. Para mim era tudo o que nunca dizias.
Era uma ingénua. Continuo a sê-lo. Está em mim querer ver as pessoas na sua melhor versão.
Mais tarde, disse-te eu: - "Nunca vou gostar de ninguém como gosto de ti".
Ainda hoje isso é verdade. Continuo deste lado para ti.

21 July 2014

Tipo

#1
o quero um Adeus. Tão pouco que deixes de "chatear-me". A única coisa que quero, é que gostes de mim. SIMPLES. Sem dúvidas. Sem terceiras pessoas. Sem jogos e meias palavras. Não estamos a medir forças, estamos a Gostar.
Quero que confies e te entregues. Que não tenhas medos. O que tiver de acontecer, acontece. Arrisca! O tempo, é agora.
Aceito-te. Aceita-me. Com problemas. Limitações. Fraquezas.
Não temos de ser cópias para gostar. Só temos de nos encontrar.
Depressa, estou à espera. Tenho saudades.

19 July 2014

De quantas mulheres precisas para saberes que sou eu?
in Prometo Falhar
PCF

6 July 2014

a subfelicidade

dos textos mais interessantes, inteligentes e absolutamente verdadeiros que li nos últimos tempos.
Por Pedro Chagas Freitas 

"O que mais dói não é – desengana-te – a infelicidade. A infelicidade dói. Magoa. Martiriza. É intensa; faz gritar, sofrer, saltar, chorar. Mas a infelicidade não é o que mais dói. A infelicidade é infeliz – mas não é o que mais dói. 
O que mais dói é a subfelicidade. A felicidade mais ou menos, a felicidade que não se faz felicidade, que fica sempre a meio de se ser. A quase felicidade. A subfelicidade não magoa – vai magoando; a subfelicidade não martiriza – vai martirizando. Não é intensa – mas é imensa; faz gritar, sofrer, saltar, chorar – mas em silêncio, em surdina, em anonimato. Como se não fosse. Mas é: a subfelicidade é. A subfelicidade faz-te ficar refém do que tens – mas nem assim te impede de te sentires apeado do que não tens e gostarias de ter. Do que está ali, sempre ali, sempre à mão de semear – e que, mesmo assim, nunca consegues tocar. A subfelicidade é o piso -1 da felicidade. E não há elevador algum que te leve a subir de piso. Tens de ser tu a pegar nas tuas perninhas e a subir as escadas. Anda daí.

 Sair da subfelicidade é um drama. Um pesadelo. Sair da subfelicidade é mais difícil do que sair da infelicidade. Para sair da infelicidade, toda a gente sabe – tu mesmo o sabes: tens de tomar medidas drásticas. Medidas radicais. Porque a infelicidade é, também ela, radical. Mas sair da subfelicidade é uma batalha interior muito mais dolorosa. Desde logo, porque não sabes se queres, mesmo, sair da subfelicidade. Porque é na subfelicidade que consegues ter a certeza de que evitas a desilusão – terás, no máximo, a subdesilusão; porque é na subfelicidade que consegues ter a certeza de que evitas a perda – terás, no máximo, a subperda. Estás a ficar perdido com o que te digo?

 A subfelicidade é o produto mais diabólico que a humanidade criou. A subfelicidade é resultado da mente, também ela diabólica, de quem tem consciência. Para um cão, para um gato, para um periquito, para um leão ou até para uma formiga, não existe a subfelicidade: a felicidade pacífica. Impossível: ou está feliz porque tem comida e bebida, ou está infeliz porque nada tem para comer ou nada tem para beber. Os animais, por mais cores que os olhos lhes dêem a ver, vêem o mundo a preto e branco . Ou é preto ou é branco. Ou é feliz ou infeliz. Ou é tudo ou é nada. O humano, esse, foi mais longe. E foi por isso que ficou, cada vez mais, refém do que está perto – do que está seguro. Formatado pela consciência, o homem assimilou um conceito que, na verdade, não existe: o da felicidade segura. Espero que estejas bem seguro nessa cadeira quando leres o que aí vem no próximo parágrafo.

A felicidade segura não existe. A felicidade segura é segura, sim – mas não é felicidade. A felicidade pacífica é pacífica, sim – mas não é felicidade. A felicidade, quando é felicidade, assolapa, euforiza, arrebata. E não deixa respirar, e não deixa sequer pensar. A felicidade, quando é felicidade, é só felicidade. E tudo o que existe, quando existe felicidade, é a felicidade. Só ela e tu. Ela em ti. Ela em todo o tu. A felicidade, para ser felicidade, não tem estratos, não tem razão. Ou é ou não é. A felicidade é animal, de facto – mas é ainda mais demencial. Deixa-te louco de felicidade, maluco de alegria, passado dos cornos. Só quando estás dentro da felicidade é que estás fora de ti. Liberto do corpo, da matéria, da sensação – e imerso naquela indizível comunhão. Tu e a felicidade. Já a sentiste, não?

Não há como dizer de outra maneira: se estás acomodado à subfelicidade, se tens medo de ser feliz e preferes a certeza de seres subfeliz: és um triste de todo o tamanho. A subfelicidade é uma tristeza. Uma tristeza de hábitos, de rotinas, de sorrisos – uma tristeza que inibe a surpresa, o imprevisível, a gargalhada. Uma tristeza que te faz refém do que fazes e te impede de te seres o que és. Olha em redor: a toda a volta há pessoas subfelizes, pessoas que dizem “vai-se andando”, pessoas que dizem “tem de ser”, pessoas que dizem “eu até gosto dele”, pessoas que dizem “sou feliz” com os olhos cheios de “queria ser feliz”,  pessoas que dizem “é a vida”. Mas não é. A vida não é a quase felicidade. A vida não é a subfelicidade. E, se é a primeira vez que vês isso, fica entendido o que sentes. Ou subentendido, pelo menos. "