6 May 2014

#1
Tinhas-me na mão e por um deslize obrigaste-me a dar uns quantos passos para trás. 
Maldita mania a minha de me projectar para os outros, de acreditar em determinadas formas de amar, que só a mim fazem sentido.
Que estúpido sou ao arriscar colocar-me novamente nas mãos de alguém, desprotegendo e entregando-me incondicionalmente. Só tenho a mim para me culpabilizar, para levar as mãos novamente à cabeça e racionalizar sobre os sentimentos.
Detesto ser frio, colocar travões no meu coração, mas não me dás outra hipótese que não seja ficar em stand-by novamente à espera de uma oportunidade.
O que podia ser já não é, o que foi de nada importa... Tempo de fazer novamente balanços e questionar o que ando para aqui a fazer. Tempo de pensar em mim, somente eu e o meu mundo interessam para ser feliz. Deixei-te entrar, mas preferes ficar à porta a olhar...


#2
"Como sabes se estás apaixonado?"
Não sei, não penso em como me fui apaixonar. Simplesmente acontecem as borboletas no estômago, as cócegas que faz no cérebro, o sorriso com que me deixa com um telefonema a meio da noite ou ao acordar, aquela sensação que faria tudo por ela, as noites perdidas sem sono na conversa...
Não faz sentido impor a racionalidade no meio de nós e lá porque teimas em fazê-lo não quer dizer que irei pautar pela mesma bitola.
"Estamos tramados, sabes disso não sabes?"
Ricardo M.


#3
Despediste-te com a frase "Sei que vais ser muito feliz (e eu também)...) e não sei o que foi pior. Se nem colocares a hipótese de me voltares a ver no futuro, se pedires para ser minha amiga. Já sabes que não fiquei amigo de nenhuma mulher que me levou ao céu e ao inferno...
Como se a felicidade que te ofereci fosse de segunda categoria, como se rejeitares tudo o que me disponibilizei a amar, não fosse merecedor do teu ser.
Deve ser isso que dizem nos matadouros ao animais para abate "entra ali no sítio escuro, sei que vais ser muito feliz ( e eu também)", um tiro e seguimos para o próximo...
Também me atiraste para um sítio escuro, logo, logo, mas um dia de cada vez, serei capaz de acreditar na felicidade sem ti... Não sabes que sou da tribo dos intensos?
Ricardo M.


in Recados da Minha Janela
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